
O jovem que matou o CEO da maior companhia de planos de saúde do mundo, a United HealthCare, foi extraditado hoje a bordo de um avião Cessna Caravan.
Luigi Mangione, de 26 anos, executou Brian Thompson no último dia 4 de dezembro, enquanto o CEO da United HealthCare chegava a um hotel em Nova York. Luigi fugiu do local logo após disparar contra Brian, utilizando-se de uma pistola híbrida feita de partes 3D impressas junto com componentes da Glock G19, no calibre 9x19mm.
O CEO acabou falecendo no local e a Polícia de Nova York (NYPD) iniciou uma busca para encontrar o assassino, que foi localizado num McDonald’s, no estado vizinho da Pensilvânia, em 9 de dezembro.
Inicialmente, Luigi foi preso por estar portando um supressor, que é um equipamento pela ATF nos EUA, que permite a compra e posse, desde que o cidadão faça um processo burocrático que dura em torno de 6 meses, além de pagar impostos relativos.
Apenas pela posse e uso criminal do supressor, a pena mínima é de 30 anos, segundo a legislação federal americana. Mas, com o avanço das investigações após a sua prisão, ele foi acusado formalmente de homicídio, e a Promotoria do Estado de Nova York pediu a sua extradição, que foi aceita pelo estado da Pensilvânia e não foi contestada por Luigi.
Dado a grande repercussão do caso, com parte do público americano ficando ao lado de Luigi, que assassinou o CEO após ter problemas para uso do seu seguro saúde, a NYPD optou por transferi-lo por meios aéreos próprios, para evitar confusão no trânsito, por mais que o trajeto durasse apenas 5 horas.
A aeronave usada foi um Cessna C208EX Grand Caravan, de matrícula N929NY, que está registrado sob uma empresa de fachada, mas é operado pela NYPD, sendo bastante conhecido por fazer voos em círculos por horas sob Manhattan, em operações de vigilância policial. O turboélice voou por 1h20 de Altoona, na Pensilvânia, para Long Island, em Nova York, próximo a uma prisão onde Luigi ficará detido até a primeira audiência.
No Brasil o C208 é utilizado pela Azul Conecta e vários táxis aéreos, além também de estar presente em vários serviços públicos, incluindo a Polícia Federal, que num caso similar utilizou uma aeronave Caravan para transportar o Presidente Lula de São Paulo para Curitiba, quando este foi preso no desdobramentos jurídicos da Operação Lava Jato, em 2018.
