
A Flybondi, primeira companhia aérea de baixo custo da Argentina, enfrenta dificuldades tanto em solo nacional quanto no exterior. Recentemente, a empresa controladora Flybondi Limited recebeu um aviso da “Companies House” do Reino Unido devido à ausência da apresentação de balanços financeiros desde dezembro de 2021.
Segundo documentos compartilhados pelo jornal La Nación, sob risco de dissolução e apropriação de ativos pela Coroa Britânica, a empresa conseguiu uma extensão do prazo para regularização até o segundo trimestre de 2025.
No contexto doméstico, Flybondi está em destaque devido ao aumento das cancelamentos de voos, tendo registrado 384 no mês de novembro.
O Ministério dos Transportes argentino exigiu um plano corretivo da empresa, que, embora não tenha sofrido sanções financeiras nem tenha perdido suas rotas, está sob monitoramento diário pelas autoridades.
Este problema foi intensificado pela crise cambial na Argentina, dificultando o pagamento do leasing de aeronaves, e pelo uso de uma oficina de manutenção enquanto estava suspensa.
O proprietário majoritário da Flybondi é o Pangaea Two Acquisition Holdings, parte do Cartesian Capital Group, liderado por Peter Michael Yu. Antes de fundar a Cartesian, Yu teve uma carreira de destaque, incluindo a presidência da AIG Capital Partners e uma posição no Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos durante a istração de Bill Clinton.
Além dele, Juan Ball, CEO da ABC Capco LLC, e outros nomes influentes, como Rafael Alfredo De Luque e Francisco Muñiz Barreto, estão envolvidos na diretoria da Flybondi Limited.
Desde sua fundação em 2016, Flybondi enfrentou turbulências, incluindo a compra da Norwegian pela Jetsmart e o fechamento do aeroporto de El Palomar pelo governo Fernández durante a pandemia. Apesar disso, a companhia conseguiu retomar um processo de crescimento em dezembro de 2021.
O futuro da Flybondi agora depende de como será gerida essa junção de desafios locais e internacionais, especialmente com planos de abrir capital na Nasdaq. A Cartesian Capital Group afirmou que as extensões para entrega de informações financeiras ao Reino Unido são frequentes e que há um foco em estratégias para levar a companhia a um novo patamar de crescimento e sustentabilidade.