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Após gastar bilhões, Exército americano cancela pela 3ª vez projeto de novo helicóptero

Raider X | Divulgação – Sikorsky

O Exército Americano descontinuará o desenvolvimento da Aeronave Futura de Ataque e Reconhecimento (FARA) ao término das atividades de prototipagem. O comunicado emitido ontem pela U.S. Army cancela pela 3ª o projeto que visava substituir os helicópteros de reconhecimento armado Bell OH-58 Kiowa, baseado no civil 206 JetRanger.

Anteriormente, o Army havia proposto substituir o Kiowa pelo Boeing–Sikorsky RAH-66 Comanche, que foi cancelado em 2004 após o governo já ter gasto $7 bilhões de dólares na época no desenvolvimento.

OH-58 Kiowa – Foto por Kenneth Kassens/DOD

Logo depois, foi lançado um outro programa para um substituto mais barato que o Comanche, tendo sido selecionado o ARH-70 Arapaho, que é nada mais que o helicóptero civil Bell 407 (que por sua vez é o JetRanger atualizado) modificado para a função que o Kiowa exercia.

Novamente o projeto foi cancelado pelo mesmo motivo: custos acima do esperado, aumentando 70% o valor unitário do helicóptero considerando as estimativas iniciais e contratuais.

Em 2018, foi iniciado o FARA, que prometia novamente substituir o Kiowa, que já tinha dado baixa 4 anos antes, deixando a missão de reconhecimento armado para drones (menos capazes) e para o famoso helicóptero Boeing AH-64 Apache, que é muito capaz mas com custo operacional extremamente elevado.

360 Invictus | Divulgação – Bell

Na disputa estava o 360 Invictus da Bell e o Raider X da Sikorsky/Lockheed Martin, com ambos protótipos já prontos, sendo que a aeronave da Bell iria realizar o primeiro voo este ano e a da Sikorksy já estava fazendo voos de teste desde o ano ado.

Agora, o Exército afirmou que continuará fazendo novos investimentos nos helicópteros Sikorsky UH-60M Blackhawk e Boeing CH-47F Block II Chinook. Serão descontinuadas as operações de sistemas que não são capazes no campo de batalha atual, incluindo os sistemas de aeronaves não tripuladas (drones) Shadow e Raven.

O programa FARA já consumiu até hoje US$2 bilhões de dólares e tinha garantido mais $5 bilhões até 2029. Parte do dinheiro reservado para o programa agora cancelado será revertido na modernização dos Chinooks e compra de mais UH-60M.

De maneira resumida, como parte dessa reestruturação transformadora, o U.S. Army irá:

  • Encerrar o desenvolvimento do novo helicóptero de reconhecimento tripulado do Exército, a Aeronave Futura de Ataque e Reconhecimento (FARA), ao término das atividades de prototipagem do ano fiscal de 24;
  • Encerrar a produção da versão UH-60V do Blackhawk, que estende a vida útil dos as unidades existentes por 10 anos, após o ano fiscal de 24 devido ao significativo aumento de custos;
  • Adiar a entrada em produção do Motor de Turbina Melhorado (ITEP) para garantir tempo adequado para integrá-lo com as plataformas AH-64 e UH-60;
  • Descontinuar as operações dos sistemas de aeronaves não tripuladas legados Shadow e Raven;

Essas decisões liberam recursos para fazer novos investimentos críticos na aviação do Exército. Daqui para frente, o Army irá:

  • Comprometer-se com um novo contrato plurianual para adquirir o helicóptero Blackhawk UH-60M – uma nova estrutura com uma vida útil de mais de 20 anos – e investir em atualizações para o Blackhawk;
  • Encerrar a incerteza sobre o futuro do Chinook CH-47F Block II ao formalmente entrar em produção, com um caminho para a produção em série total no futuro;
  • Continuar o programa de Aeronave de Assalto de Longo Alcance Futuro (FLRAA) conforme planejado, garantindo que o Exército permaneça em um caminho para implementar a primeira unidade operacional do Bell V-280 Valor* no ano fiscal de 2030;
  • Aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para expandir e acelerar a capacidade de reconhecimento aéreo não tripulado do Exército, incluindo sistemas aéreos não tripulados táticos;

Ao revisar o programa FARA à luz de novos desenvolvimentos tecnológicos, desenvolvimentos no campo de batalha e projeções orçamentárias atuais, os líderes do Exército avaliaram que as capacidades aumentadas que ele oferecia poderiam ser alcançadas de forma mais ível e eficaz ao depender de uma mistura de ativos duradouros, não tripulados e baseados no espaço.

Além disso, sem priorizar os fundos em seu portfólio de aviação que já é , o US Army enfrentava o risco considerado inaceitável de declínio e fechamento das linhas de produção do Chinook e do Blackhawk. O novo plano do Exército renovará e estenderá a produção de ambas as aeronaves, além de sustentar a força de trabalho experiente e a base de fornecedores que sustentam as capacidades de aviação do Exército.

Embora a liderança do Exército tenha tido que fazer escolhas difíceis entre programas, este plano permitirá que o U.S. Army continue construindo capacidades modernas em todo o seu portfólio de aviação enquanto financia outras prioridades críticas nos orçamentos futuros.

*O Bell V-280 Valor (abaixo) é o substituto oficial do Blackhawk mas a U.S. Army não espera que ele entre em serviço até o final da década, motivo qual continuará comprando unidades novas do UH-60M.

Divulgação – Bell

Pela Assessoria de Imprensa do Exército dos Estados Unidos da América

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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