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Após pressão sindical e reclamações, Embraer adia o fim do trabalho remoto

Imagem: Divulgação – Embraer

Em uma mobilização dos colaboradores do setor istrativo da Embraer, os funcionários conseguiram adiar o retorno ao trabalho presencial, que estava previsto para os próximos meses.

Em reunião realizada na unidade Faria Lima, em São José dos Campos (SP), nesta terça-feira (18), os empregados rejeitaram o fim do home office e exigiram que qualquer alteração no modelo de trabalho só ocorra a partir de 2026.

Na terça-feira (11) da semana ada, funcionários da fabricante brasileira de aeronaves receberam um e-mail do setor de Gestão de Pessoas da Embraer, comunicando o retorno obrigatório às atividades presenciais dos trabalhadores que estavam em regime remoto (home office) ou híbrido. O comunicado também informava a extinção do vale-refeição no valor de R$ 630.

A controvérsia teve início após o anúncio, feito sem prévia negociação, de que o setor istrativo voltaria ao trabalho presencial a partir de 4 de agosto, o que resultou na resistência dos funcionários e, consequentemente, no adiamento do retorno. Atualmente, cerca de 5 mil empregados da Embraer em São José dos Campos e região atuam em regime de home office.

Vários funcionários da fabricante relataram ao AEROIN um clima de decepção, já que o home office era um dos grandes diferenciais da Embraer, implementado durante a pandemia de Covid-19 e mantido até então. Com isso, muitas pessoas se mudaram para fora de São José dos Campos ou até mesmo do estado de São Paulo, buscando uma melhor qualidade de vida aliada a um custo de vida reduzido. A região do Vale do Paraíba recebeu um aumento significativo de moradores vindos da capital paulista, que fizeram um movimento semelhante, migrando para áreas menos populosas para aproveitar os benefícios do home office.

Segundo comunicado encaminhado à entidade sindical dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região – filiada à CSP-Conlutas –, a Embraer informou que “os empregados terão a possibilidade de trabalho em home office por até duas vezes por semana, dependendo das atividades e conforme alinhamento com a liderança direta.” Essa medida surge como resposta à pressão dos trabalhadores, que defendem o modelo remoto, já consolidado desde março de 2020.

Durante a assembleia, o diretor do sindicato, Herbert Claros, destacou que o adiamento para 2026 foi atendido, mas reforçou que a luta pela manutenção do home office continua. “A Embraer teve um crescimento expressivo com a alta produtividade dos funcionários trabalhando remotamente. Assim, não vemos razão para a mudança”, afirmou Claros.

Além da manutenção do modelo de trabalho híbrido, os empregados reivindicam a abertura de um processo de negociação entre a empresa e o sindicato, algo que vem sendo recusado até o momento. Outra demanda diz respeito à representação dos profissionais da engenharia, atualmente vinculados a outra entidade, que não participa da mobilização.

Novas reuniões estão marcadas para ocorrer na unidade de Eugênio de Melo, na quinta-feira (20), e na unidade Faria Lima, na próxima quarta-feira (26), onde os trabalhadores pretendem discutir os próximos os da mobilização.

Em nota à imprensa, a Embraer informou que “considerando o momento de crescimento da empresa, a Embraer decidiu voltar 3 dias presenciais por semana, com possibilidade de 2 dias de trabalho à distância (home office). Para dar tempo aos colaboradores se adaptarem e também adequar a infraestrutura das unidades para maior fluxo de pessoas, a mudança ocorrerá apenas a partir de janeiro de 2026 nas unidades do Brasil. A Embraer acredita que a iniciativa contribui para o fortalecimento do vínculo entre as equipes por meio de experiências compartilhadas, colaboração em projetos, desenvolvimento de pessoas, bem como maior agilidade na comunicação e tomada de decisões“.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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