window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.noticiascatarinenses.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Brasil lidera discussões sobre operações em alta altitude e modernização do plano de voo na OACI

Imagem: DECEA

Representantes do Subdepartamento de Operações (SDOP) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) participaram do 46º Ciclo de Reuniões do de Requisitos e Performance ATM, realizado entre os dias 7 e 11 de abril, em Montreal, no Canadá.

O evento, promovido pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), tem como objetivo desenvolver conceitos, concepções operacionais e normas importantes para dar e ao aprimoramento do Gerenciamento de Tráfego Aéreo Global.

Dentre os avanços discutidos, destacam-se aqueles que apoiam a implementação dos serviços de Informação de Voo e Fluxo em um Ambiente Colaborativo (FF-ICE — Flight and Flow Information for a Collaborative Environment), que substituirá o atual Plano de Voo (FPL2012), e das Operações Baseadas em Trajetórias.

O FF-ICE é um conceito desenvolvido no âmbito do da OACI, dentro do processo de modernização dos sistemas de gestão de tráfego aéreo. Ele consiste no intercâmbio de informações entre sistemas de controle de tráfego aéreo, companhias aéreas, aeroportos e outras partes interessadas da aviação.

O conceito foi concebido para promover a evolução do modelo atual de plano de voo, permitindo o envio e a atualização contínua, digital e colaborativa de informações de voo e de fluxo durante todas as fases de uma operação aérea.

Já as Operações Baseadas em Trajetórias referem-se a um conceito no qual todas as partes envolvidas — pilotos, controladores de tráfego aéreo e operadores de aeronaves — atuam com base em uma trajetória acordada e previsível no espaço e no tempo (trajetória 4D), que serve como principal referência para o planejamento, a coordenação e o gerenciamento dos voos.

Durante o encontro, também foi deliberado sobre a pertinência do desenvolvimento de um conceito global sobre as High Altitude Operations (HAO), com base em uma abordagem holística. As HAO são operações realizadas por aeronaves que voam em altitudes significativamente superiores às da aviação comercial tradicional — geralmente acima do espaço aéreo controlado convencional, ou seja, acima de 60 mil pés (cerca de 18 mil metros).

Essas operações envolvem aeronaves tripuladas ou não tripuladas, como balões estratosféricos e aeronaves pseudo-satélites (HAPS – High-Altitude Pseudo-Satellites), utilizadas em missões de observação da Terra, comunicações, pesquisa científica, monitoramento ambiental, defesa, entre outras aplicações.

O Brasil contribui significativamente para o desenvolvimento de critérios e normas relevantes na área de Gerenciamento de Tráfego Aéreo da OACI, tanto pela dimensão das implementações que ocorrem no país quanto pela capacidade técnica do nosso pessoal. Além disso, essas reuniões representam uma oportunidade valiosa para a aquisição de conhecimentos técnicos e especializados junto a outros provedores e prestadores de serviços de navegação aérea, permitindo o alinhamento das necessidades do DECEA aos padrões e melhores práticas internacionais. Outro fator essencial é o estabelecimento de Planos Regionais para tais implementações na Região da América do Sul”, afirmou o representante do Brasil, Coronel Aviador Diego Henrique de Brito, escolhido para liderar o trabalho global sobre o tema.

Leia mais:

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

Veja outras histórias