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Caça indiano Tejas pode substituir o F-5 Tiger na Força Aérea Brasileira

Foto: Ministério da Defesa da Índia

Um avião de combate complementar para a Força Aérea Brasileira (FAB) pode vir de um dos parceiros do Brasil no BRICS: a Índia.

O Brasil tem visto uma aproximação no setor militar com a Índia nos últimos anos, mas ainda nenhum equipamento indiano é operador no país. Já do outro lado, a Força Aérea Indiana conta com o avião radar Embraer E145 AEW&C já há alguns anos.

Durante um evento na Índia, que levou uma delegação da Embraer que tenta emplacar uma venda no país do cargueiro brasileiro KC-390, o Tenente-Brigadeiro do Ar, Marcelo Kanitz Damasceno, atual Comandante da Aeronáutica, afirmou que “nós iremos precisar de mais dois tipos de aviões a medida que o F-5 irá sair. Então, enquanto o Gripen NG já chegou, o Tejas é uma das opções para o segundo ou terceiro caça”.

A FAB já sinaliza a demanda por um caça que complemente o Gripen, porém com custos menores. Hoje a encomenda de caças é de 36 unidades, sendo que 7 já foram entregues, além de um que está em testes no Brasil e outro que está vindo de navio. Existe uma grande expectativa e promessas para ampliar esse pedido, mas, ao mesmo tempo, se trabalha para ter um outro caça na frota.

O americano F-16 Viper está sendo considerado oficialmente, e agora o HAL Tejas também entra no páreo. Assim como o Gripen, o indiano Tejas tem asa em delta e é monomotor.

A propulsão é dada pelo F404 da General Electric, que equipa o Gripen de antiga geração (A/B/C/D), o F/A-18 Hornet e o Boeing/SAAB T-7 Red Hawk. A evolução deste motor, o F414, é o que está hoje nos caças Super Hornet, Gripen NG e foi escolhido pela própria HAL para equipar o Tejas Mk.2, a próxima geração do caça indiano.

O Tejas atual é um pouco menor e menos capaz que o Gripen, mas tem um custo operacional e de aquisição também reduzido. Ele serviria para cobrir a lacuna deixada pelo F-5 e também pelo AMX.

Uma versão naval do Tejas chegou a ser desenvolvida e testada em porta-aviões, mas foi abandonada para dar prioridade a um novo caça naval. Uma hipótese, ainda que remota, seria a Marinha do Brasil substituir o já antigo Douglas A-4 Skyhawk pelo Tejas, caso a FAB opte pelo avião indiano.

O caça indiano tem velocidade máxima de 1.8 Mach e pode voar por até 739 km (399 milhas náuticas) na configuração de combate. Na versão atual, apenas dois armamentos são compatíveis com os usados pela FAB: O míssil ar-ar de curto alcance e guiado por calor Python/Derby e a bomba guiada por GPS Spice, ambos de fabricação israelense.

No ado, a vizinha Argentina chegou a negociar oficialmente a compra do Tejas, mas desistiu por medo de sanções britânicas (devido à Guerra das Falklands/Malvinas) atrapalharem o negócio e não ser possível substituir os componentes do Reino Unido.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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