
A Boeing registrou 72 novas encomendas de aeronaves em julho, impulsionadas por contratos de destaque firmados durante o renomado Salão Aeronáutico de Farnborough. no Reino Unido. A empresa americana, uma das líderes na fabricação de aviões, divulgou seus números de pedidos e entregas no dia 13 de agosto, destacando a negociação de 57 unidades do modelo 737 MAX.
As encomendas foram feitas por influentes grupos financeiros e de transporte, incluindo 35 aeronaves para o Aviation Capital Group, 20 para o Macquarie AirFinance e duas para um cliente ainda não identificado.
No segmento de aeronaves de fuselagem larga (widebody), a Boeing também obteve contratos significativos, incluindo a venda de 10 jatos 787 para a Japan Airlines e de cinco cargueiros 777 para outro comprador anônimo. Essas transações elevam o total de pedidos, especialmente em comparação aos 14 registrados em junho, sugerindo que muitas empresas estavam aguardando o evento de Farnborough para anunciar seus negócios.
Entretanto, a Boeing enfrenta um ambiente desafiador devido a questões de segurança. O Conselho Nacional de Transportes dos EUA realizou uma audiência de dois dias na semana ada, em Washington D.C., para investigar as circunstâncias que levaram ao acidente de um 737 MAX 9, operado pela Alaska Airlines, em 5 de janeiro.
O caso, que envolveu a perda de uma parte da fuselagem após a decolagem, levou a istração federal a impor limites na produção do 737, restringindo a empresa a no máximo 38 dessas aeronaves por mês.
Ainda assim, sob a nova liderança do CEO Kelly Ortberg, a Boeing busca melhorias significativas na qualidade de fabricação e segurança de seus produtos. Em julho, a companhia entregou 43 aeronaves, um número semelhante às 44 unidades entregues em junho.
O mês de julho também marcou a retomada das entregas de aviões para a China, após um intervalo de dois meses devido a preocupações com baterias de lítio em gravadores de voz. Entre os destinatários dos jatos 737 MAX estavam a Xiamen Airlines e as tradicionais Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines.
Além dos 737 MAX, a Boeing entregou seis aeronaves 787, um cargueiro 777 e quatro 767, incluindo unidades para as gigantes de logística FedEx e UPS, além de dois modelos convertidos em reabastecedores KC-46.
Nos primeiros sete meses de 2024, a Boeing já entregou um total de 218 aeronaves, com um backlog de produção que permanece em 5.506 jatos não entregues, um leve aumento em relação ao mês anterior.