
Voos de aeronave sem piloto começaram a ser testados a serviço da Petrobras para transporte de cargas. O primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da empresa petroleira no bairro Imbetiba, em Macaé (RJ), e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, litoral fluminense.
A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia. A missão foi anunciada em março, pela Omni Táxi Aéreo.
Os objetivos dos voos, realizados no final de junho, foram testar a implantação do transporte para conduzir cargas de até 50 kg, agregar valor à logística do transporte aéreo offshore, reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves. Esse tipo de tecnologia também pode reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.
A aeronave, de matrícula PS-OUB, realizou uma ida e volta no dia 17 de junho, depois uma ida no dia 18, com retorno a Macaé no dia 19, e uma nova ida no dia 19, com retorno no dia 20, segundo mostra o histórico de rastreamento online de voos.



A Petrobras já utiliza a tecnologia de drones para pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.
A análise dos dados gerados deve ser finalizada ainda neste segundo semestre. Segundo a Petrobras, serão simulados outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, o procedimento será implantado na empresa.
A operação, ainda em fase de testes, foi feita em colaboração com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar os veículos aéreos não tripulados em missões offshore.
Com informações da Agência Brasil