
A aquisição da Air Europa pelo IAG (International Airlines Group), através da sua subsidiária Iberia, enfrenta novos desafios regulatórios. Segundo o Financial Times, a Comissão Europeia expressou insatisfação com as propostas de remediações apresentadas pelo IAG para a transação e pode considerar bloquear o negócio.
O regulador de concorrência solicitou ao IAG que cedesse até 58% das frequências que a Air Europa operou em 2023 para outras companhias aéreas. Em resposta, o grupo recentemente ofereceu um limite de 52%, o que representou um aumento de 12% em relação à sua oferta anterior. Além disso, o IAG assegurou que não haveria nenhuma rota gerida exclusivamente pela Air Europa ou pela Iberia em um cenário de fusão.
A Comissão Europeia tem até 20 de agosto para divulgar sua decisão sobre o negócio, avaliado em 400 milhões de euros. O órgão regulador demonstrou preocupações anteriores sobre potenciais restrições à concorrência em rotas que envolvem, partem ou chegam à Espanha. Existe a possibilidade de que a Comissão utilize um mecanismo chamado “stop the clock“, que poderia estender o prazo para a decisão final, atrasando ainda mais o processo.
A IAG optou por não comentar a situação atualmente, mas já havia declarado anteriormente que a fusão das duas maiores companhias aéreas da Espanha é essencial para o desenvolvimento do hub de Madrid-Barajas e para a melhoria da conectividade do país.