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Comissários de voo da Southwest devem concluir o serviço de cabine antes por temor de turbulência

Foto de Tomás Del Coro, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

A Southwest Airlines implementou uma nova diretriz que exige que os comissários de bordo concluam o serviço de cabine e se preparem para a aterrissagem em altitudes mais elevadas, em resposta ao aumento das preocupações sobre possíveis ferimentos causados por turbulência.

Em um comunicado interno disponibilizado pelo site View from the Wing, a companhia aérea com sede em Dallas anunciou a decisão baseada em pesquisa e diversos relatórios de segurança apresentados por comissários de bordo.

A expectativa é que a nova política reduza os ferimentos entre os comissários em cerca de 20%. No entanto, os procedimentos atualizados estarão sujeitos a avaliações, e se não atingirem o “resultado desejado”, novas ações poderão ser tomadas.

Até agora, os comissários de bordo da Southwest começavam a preparar a cabine e a se prenderem em seus assentos a 10.000 pés, mas o novo procedimento exigirá que a equipe inicie a preparação a uma altitude maior, de 18.000 pés.

A essa altura, um Boeing 737 normalmente levaria cerca de 10 a 15 minutos para aterrissar, em comparação com o tempo menor que levaria a partir de 10.000 pés, dependendo de fatores como espera e vetorização pelo controle de tráfego aéreo.

Um estudo detalhado realizado pelo National Transportation Safety Board (NTSB) sobre os riscos da turbulência concluiu que a maioria dos acidentes relacionados à turbulência ocorriam durante a fase de descida.

Entre 2009 e 2018, 36% dos acidentes de turbulência foram registrados nessa fase. De acordo com os dados, mais de 65% dos acidentes por turbulência durante a descida ocorreram abaixo de 20.000 pés, com os comissários de bordo sendo os mais propensos a se ferirem.

De fato, os comissários representaram quase 80% das lesões graves relacionadas à turbulência, a maioria ocorrendo na parte traseira da cabine da aeronave. Aproximadamente 40% das lesões dos comissários ocorreram enquanto se preparavam para a aterrissagem.

Outro estudo realizado pela t Safety Analysis Team for Commercial Aviation revelou que os comissários corriam 24 vezes mais risco de se ferir devido à turbulência do que os ageiros. A pesquisa recomendou que os comissários fossem deixados sentados para a aterrissagem em torno de 20.000 pés.

Embora o NTSB não tenha estipulado uma altitude preferencial, concluiu que “ter os comissários sentados com os cintos afivelados durante partes adicionais da fase de descida reduziria a taxa de ferimentos”.

O novo procedimento da Southwest Airlines entrará em vigor no dia 4 de dezembro. Recentemente, a Korean Air também confirmou que encerrará o serviço de cabine em voos de longo alcance 40 minutos antes da aterrissagem, como parte de seus esforços para reduzir lesões relacionadas à turbulência, aumentando o limite anterior de 20 minutos.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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