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Drone capaz de voar a 12 mil metros de altitude alça voo com tecnologia 100% brasileira

A indústria de defesa brasileira está prestes a dar um salto significativo com o lançamento da nova versão do drone militar Albatroz, desenvolvido pela Stella Tecnologia. Equipado com uma turbina totalmente concebida no Brasil, o Albatroz agora é capaz de realizar missões críticas a impressionantes 40.000 pés de altitude, aproximadamente 12.000 metros.

Este avanço representa mais do que um marco tecnológico; é uma declaração de independência e inovação na engenharia aeronáutica brasileira. Quem revelou estas informações foi Gilberto Buffara, fundador e CEO da Stella Tecnologia, durante a Mostra BID Brasil, que acontece esta semana em Brasília.

O modelo atualizado do drone, originalmente movido a motor de combustão, agora possui a turbina desenvolvida pela parceira Aero Concepts. Com esta nova configuração, o Albatroz poderá alcançar uma velocidade de 250 km/h, tornando-se uma poderosa ferramenta para missões que exigem alta performance e alcance.

Além de conseguir voar acima da altura do Monte Everest, a aeronave ganha destaque ainda pelo seu uso versátil em operações de defesa. Com dimensões de 4 metros de comprimento e 7 metros de envergadura, o drone pode decolar de pistas curtas, transportando cargas de até 50 kg.

Originalmente projetado em conformidade com as especificações da Marinha do Brasil, o Albatroz está preparado para executar uma variedade de missões a partir do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico.

O desenvolvimento desta versão avançada do drone resulta da colaboração entre Stella Tecnologia e Aero Concepts, revelada durante a FIDAE no Chile, no início deste ano. Pela primeira vez, turbinas totalmente brasileiras são incorporadas a drones de médio e grande porte, marcando uma nova era na aviação nacional.

Com uma capacidade de 500 newtons, essas turbinas, que até então eram usadas em mísseis, exigiram adaptações significativas no design do drone, especialmente no que diz respeito ao consumo de energia e controle de temperatura.

O Albatroz já recebeu autorização para testes com o motor tradicional a combustão, propriedade que deverá acelerar os processos de certificação para o novo modelo junto à ANAC. Os testes de voo estão previstos para o início de 2025, abrindo caminho para futuras inovações, incluindo drones capazes de alcançar velocidades de até 700 km/h.

Este notável avanço coloca o Brasil em uma posição de liderança na fabricação de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) de grande porte, seguido apenas pelo Atobá, uma outra criação da Stella Tecnologia. Representando um marco de inovação e capacidade tecnológica, o Albatroz pode redefinir o futuro das operações da indústria de Defesa, pavimentando o caminho para o desenvolvimento de aplicações ainda mais avançadas.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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