
A Polônia pode ser o próximo país membro da OTAN a adquirir o cargueiro militar brasileiro KC-390, fabricado pela Embraer. 501e4c
O país, que tem sido o principal ponto de apoio na ajuda para a Ucrânia desde a segunda invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, tem se armado bastante nos últimos anos, com aquisição de tanques, artilharia pesada e caças, principalmente da Coreia do Sul e dos EUA.
A guerra no país vizinho só fez esse processo acelerar, mas ainda está em ritmo lento no que se trata de transporte tático. Hoje, o país tem 5 aviões C-130E e C-130H Hércules, fabricados pela Lockheed, e mais 5 chegarão em breve, mas usados e dos estoques dos EUA, todos ainda do modelo H, anterior ao atual em produção, o qual é o C-130J Super Hércules.
E foi nesta lacuna que a Embraer viu uma oportunidade para ter o seu 4º cliente da OTAN para o KC-390, seguindo Portugal, Hungria e Países Baixos, que fez uma compra conjunta com a Áustria, sendo que esta última não é parte da aliança, mas ainda é parceira na Polônia através da União Europeia, que também tem um acordo de defesa mútuo.
O jornalista polonês Marcin Walków esteve recentemente na Embraer e a fabricante brasileira demonstrou a capacidade da aeronave, que já é compatível totalmente com o padrão OTAN e reafirmou que vê a Polônia como cliente em potencial.
O Ministério da Defesa polonês, por sua vez, não negou e nem afirmou que está negociando, mas deu fortes indícios de que a Embraer está no páreo: “estamos conduzindo uma análise multinível em várias formas” e disse que mais detalhes não podem ser informados por uma “cláusula de confidencialidade”.
Caso a compra avance, o KC-390 fornecerá, pela primeira vez, a possibilidade de reabastecimento aéreo independente na Polônia, que hoje depende de aviões da OTAN para reabastecer seus caças F-16 Falcon e MiG-29 Fulcrum, sendo este último já compatível com o sistema do cargueiro brasileiro.