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Junto com as demissões em massa que a Emirates promove nessa semana vêm muitos boatos. Nessa quinta-feira (11), tomaram as redes sociais informações de que a empresa havia parado com os desligamentos após três comissários haverem se suicidado.

Foram vários posts no Twitter relatando o acontecimento, alguns deles respondidos diretamente pela empresa aérea.
Um dos usuários do microblog afirmou que três comissários de bordo da companhia aérea se suicidaram no Dubai Silicon Oasis na quinta-feira. Outro usuário afirmou que sete funcionários da Emirates cometeram suicídio nos últimos dois dias. As postagens rapidamente rodaram o mundo e atingiram os 20.000 tripulantes da empresa aérea.
Com pressa, a companhia aérea Emirates negou e respondeu a alguns dos usuários diretamente, como no exemplo abaixo. “Podemos confirmar que as notícias são falsas e pedir para não espalhar boatos”, disse a companhia aérea de Dubai.
We can confirm that the news is untrue and request not to spread rumours.
— Emirates Airline (@emirates) June 11, 2020
Demissões em massa
Na terça-feira, centenas de comissários e pilotos receberam um convite para uma reunião intitulada “Business Update” (Atualização de Negócios, em português). Nela, eles receberam uma carta informando que seus trabalhos estavam sendo considerados redundantes e que deixariam a empresa em setembro, citando o impacto severo da pandemia em todo o setor de aviação como motivo da demissão.
Embora a empresa não tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto, fontes disseram à mídia internacional que até 7.000 pessoas estão sendo afetadas.
Um fato interessante nessa história toda é que a Reuters foi a primeira mídia no mundo a dar a notícia sobre os cortes na Emirates, o que foi rapidamente refutado pela empresa aérea, não diretamente, mas através de toda a mídia dos Emirados Árabes. Acontece que, menos de um mês depois do reporte da Reuters, o fato de materializou.
Pausa nas demissões
Segundo matéria do PYOK, fontes disseram que o presidente e CEO do Grupo Emirates, Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, interrompeu as demissões em massa porque estava descontente com a forma como as negociações estavam sendo tratadas. Embora muitas equipes tenham tido reuniões individuais, houve relatos de algumas sessões de desligamento em grupo, de maneira constrangedora.
De qualquer maneira, o CEO também tem sido largamente criticado. Até algumas semanas atrás, muitos tripulantes disseram ter sido levados a acreditar que cortes salariais seriam suficientes para evitar demissões na companhia aérea. Um piloto chegou a comentar que não houve transparência da diretoria e que se sentiu enganado por falsas promessas.

Os membros da tripulação que foram despedidos têm o a uma linha telefônica dedicada para aconselhamento e apoio. Aqueles que forem despedidos também permanecerão empregados pelos próximos três meses, para que tenham tempo de organizar suas vidas. Durante esse período, eles terão o aos serviços médicos oferecidos pela companhia aérea como parte de seus benefícios contratuais.
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