
Em um relato perturbador, Karen Ayers, uma ageira de um voo da United Airlines de Newark para São Paulo, contou que foi alvo de ataque físico por um homem sentado ao seu lado.
Ayers estava ocupando um assento à janela, que havia escolhido gratuitamente devido ao seu status de elite no programa MileagePlus, mas acabou na pior escolha possível, ao perceber que o homem no assento do meio parecia estar embriagado.
Segundo Ayers, o homem “continuava colocando o braço sobre o apoio de braço do meu lado e toda vez que ele fazia isso, ele tocava minhas pernas.” Preocupada, ela procurou a assistência de um comissário de bordo, que, no entanto, informou que não poderia transferi-la para outro lugar, pois o voo estava lotado.

Na tentativa de ajudar, o tripulante pediu ao homem para “manter as mãos em seu espaço”, mas a situação rapidamente se deteriorou. A ageira afirmou que, após essa interceptação, o homem começou a agredi-la fisicamente, afirmando que ele “fingia que estava dormindo e espalhava os braços, atingindo meu rosto. Fiquei chocada.”
Ela relatou que sua boca foi atingida e que um dedo também doía devido aos golpes. Com várias horas restantes na viagem, um outro ageiro gentilmente se ofereceu para trocar de assento com Ayers, que se encontrou em uma posição mais segura, mas ainda se “assustada”.
“Estou sendo fisicamente agredida em um voo e a United não vai me mover nem ao homem ao meu lado. Mostrei o vídeo a eles e não fizeram nada. Estou tremendo, muito abalada, e ainda temos 6 horas e meia de voo”, desabafou Ayers em sua postagem no X.
Os comentários gerados pela situação indicam uma crescente preocupação com a segurança e bem-estar dos ageiros. Defensores dos direitos dos viajantes defendem que a tripulação tome medidas mais enérgicas, como mover o ageiro problemático – possivelmente até detê-lo – em vez de se resignar à situação.
“Isso deveria ter ocorrido na primeira vez em que informei ao comissário que ele estava tocando minhas pernas”, lamentou Ayers em conversa com o site View From The Wing.
Na rede social, a empresa chegou a responder ao tuíte original de Karen, dizendo “Isso é muito preocupante, Karen. Por favor, nos envie seu número de reserva, e-mail e detalhes adicionais via DM. Nós gostaríamos de olhar mais para seu caso”. O View From The Wing também entrou em contato com a empresa, mas não recebeu detalhes adicionais.
This is very concerning to hear, Karen. Please send us your confirmation number, email address, and additional details of your situation via DM. We'd like to look into this further.
— United Airlines (@united) December 27, 2024
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