
O Governo Federal está estudando a construção de dois aeroportos executivos no estado do Pará como parte dos preparativos para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), prevista para novembro de 2025.
Segundo o Ministério do Turismo (MTur), análises de viabilidade estão em andamento para que os equipamentos possam operar durante o evento, que deverá atrair líderes globais, autoridades e executivos ao Brasil.
A iniciativa busca atender à demanda específica de transporte para a conferência, especialmente em relação à aviação executiva, conforme confirmou a Folha de São Paulo. No entanto, a questão ambiental associada a esse tipo de transporte está sendo cuidadosamente considerada.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a aviação executiva é significativamente mais poluente que a aviação comercial, com emissões de carbono que podem ser de cinco a 14 vezes maiores por ageiro.
Como forma de mitigar os impactos ambientais, o governo pretende incentivar o uso compartilhado de aeronaves por líderes e delegações. “O uso da aviação executiva por líderes e participantes das reuniões da COP é um tema recorrente. Há um esforço contínuo para promover práticas mais eficientes, como o compartilhamento de aeronaves oficiais e o estímulo à carona entre líderes empresariais”, afirmou o ministério.
A decisão reflete o compromisso do Brasil com a sustentabilidade, que foi reafirmado durante a COP 29, realizada no Azerbaijão. Na ocasião, o país apresentou metas ambiciosas de redução de emissões de gases de efeito estufa, com uma previsão de diminuição entre 59% e 67% até 2035.
Além de reforçar a infraestrutura para o evento, os dois aeroportos executivos planejados no Pará devem ajudar a posicionar o Brasil como um anfitrião capaz de equilibrar demandas logísticas com preocupações ambientais em um evento de escala global. O projeto, no entanto, segue em fase de estudos e dependerá de avanços nas análises de viabilidade e do cumprimento das exigências climáticas e operacionais.
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