window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.noticiascatarinenses.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Famílias das vítimas de acidentes do Boeing 737 MAX exigem reunião com a chefe do DOJ, Pam Bondi

Nadia Milleron, mãe de Samya Rose Stumo, que morreu em um acidente de um Boeing 737 MAX 8 em 2019, planeja se reunir com a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, para discutir preocupações sobre a Boeing.

No dia 22 de maio, Milleron, representando muitas das 15 famílias envolvidas na ação criminal contra a Boeing, irá ao Departamento de Justiça (DOJ) para solicitar um encontro. A reunião é um seguimento a uma carta enviada a Bondi em 6 de fevereiro.

O DOJ enviou uma carta às famílias das vítimas na terça-feira, informando que elas teriam até as 17h de quinta-feira para enviar comentários sobre um novo acordo de plea com a Boeing, que anunciou uma mudança em seus planos em relação à ação criminal por fraude contra a fabricante de aeronaves.

Na última sexta-feira, o DOJ informou aos familiares que estava considerando seriamente retirar todas as acusações criminais em um caso de fraude que estava pendente no tribunal federal do Texas.

Isso ocorreu após o anúncio de que a Boeing não se declararia mais culpada nesse caso. Durante uma reunião online na manhã de sexta-feira, representantes do DOJ propam um novo acordo que pretendiam apresentar ao juiz do tribunal do Texas, Reed O’Connor, para evitar um julgamento criminal contra a Boeing.

Milleron estará em frente ao DOJ, na esquina da 10th Street NW com a Constitution Avenue, às 8h45 de quinta-feira, e entrará pela entrada de visitantes do DOJ às 9h. Ela estará disponível para falar com a imprensa nesse momento.

Durante a reunião com o DOJ na sexta-feira, Milleron questionou: “Como vocês, como protetores do povo americano, podem justificar um acordo com um infrator contumaz que continua a colocar vidas em perigo?

Ela destacou que a NTSB (National Transportation Safety Board) está investigando três quase-acidentes recentes com aeronaves Boeing 737 MAX nos últimos 15 meses, devido às condições de segurança da Boeing.

“Embora a Boeing seja acusada neste caso, a empresa não mudou seu comportamento. A companhia continua a mentir sobre segurança, e os executivos responsáveis estão colocando o público em risco. Se o Departamento de Justiça não responsabilizar esses executivos, a mensagem que será enviada é que eles podem continuar esse comportamento mortal impunemente. Outro acidente causado por sua contínua enganação será sob sua responsabilidade.”

O DOJ também definiu o prazo de quinta-feira, 22 de maio, às 17h EST, para que as famílias apresentem uma resposta à nova proposta do DOJ sobre o acordo de plea revisado, após a Boeing recuar em qualquer processo criminal contra a fabricante, que foi considerado o crime mais mortal da América.

O anúncio na última sexta-feira pegou de surpresa as famílias e seu advogado pro bono, Paul Cassell, professor da S.J. Quinney College of Law da Universidade de Utah.

A resposta legal escrita, que deve ser apresentada na quinta-feira, é esperada para se opor à aceitação do DOJ em relação ao recuo da Boeing em sua declaração de culpa na ação de fraude contra a FAA (istração Federal de Aviação) e pede que os advogados do DOJ levem o caso a julgamento em interesse da segurança pública.

“Embora o DOJ tenha proposto uma multa e restituição financeira às famílias das vítimas, as famílias que eu represento acreditam que é mais importante que a Boeing seja responsabilizada perante o público em geral,” disse Cassell. “É também imperativo que um consultor de monitoramento independente seja nomeado pelo tribunal para garantir que a fabricação desses aviões não esteja sujeita apenas à auto-certificação. As questões aqui vão além do dinheiro.”

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias

Após decolar de Guarulhos, o gigante Airbus A380 fica rodando por...

0
O A380 foi mantido por 50 minutos no procedimento, até que os pilotos o direcionassem de volta para pouso no Aeroporto de Guarulhos.