window.tdb_global_vars = {"wpRestUrl":"https:\/\/aeroin.noticiascatarinenses.com\/wp-json\/","permalinkStructure":"\/%postname%\/"}; window.tdb_p_autoload_vars = {"isAjax":false,"isBarShowing":false,"autoloadScrollPercent":50,"postAutoloadStatus":"off","origPostEditUrl":null};

Funcionária sugada pelo motor de um avião Embraer E175 fez uso de maconha antes do trágico acidente

Avião Embraer E175 American Eagle
Imagem: Richard Silagi / CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Em um acidente trágico que ocorreu em 31 de dezembro de 2022, uma funcionária de solo da Envoy Air foi fatalmente sugada para o motor esquerdo de um Embraer E175 enquanto a aeronave, operando como um voo da American Airlines, se preparava para decolar do aeroporto de Montgomery, no Alabama.

O incidente, divulgado na época pelo AEROIN, levou ao fechamento do aeroporto por várias horas e desencadeou uma investigação conduzida pelo National Transportation Safety Board (NTSB).

Após dois anos de análise, o relatório final do NTSB foi divulgado em 20 de dezembro de 2024, identificando as causas prováveis do acidente. Foi revelado que a agente de rampa apresentava um comprometimento cognitivo que resultou em comportamentos inconsistentes com o treinamento recebido e procedimentos de segurança.

Apesar do treinamento sobre áreas de risco de ingestão e a importância de esperar pela desaceleração dos motores e pelo apagamento das luzes de aviso, a agente deslocou-se para a área frontal da asa esquerda onde o motor ainda estava funcionando.

A investigação examinou as condições de saúde da agente, incluindo esclerose múltipla e diabetes, que poderiam impactar suas funções cognitivas. Além disso, testes toxicológicos indicaram o uso de cannabis, mas sem determinar diretamente o grau de comprometimento no momento do acidente.

A política da empresa Piedmont Airlines sobre o uso de drogas e álcool foi analisada, destacando-se que, embora a agente tenha reconhecido a política que proíbe trabalhar sob a influência de substâncias, a regulamentação do Departamento de Transporte dos EUA não classifica os trabalhadores de rampa como posições sensíveis à segurança.

Como reportou o The Aviation Herald, como resultado, a empresa não era obrigada a realizar testes obrigatórios de drogas e álcool nessas funções. No entanto, o NTSB sugeriu que se essa classificação de segurança estivesse em vigor, poderia ter havido uma oportunidade para a empresa detectar o uso de cannabis pelo agente e tomar medidas preventivas, potencialmente evitando o acidente.

A tragédia destacou a necessidade de revisão da categorização de postos de trabalho de rampa no contexto das políticas de segurança e testes de substâncias, com o intuito de prevenir futuros incidentes semelhantes.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias