
A Go First, companhia aérea indiana de baixo custo que entrou em processo de falência, receberá e financeiro de um fundo de litígios baseado nos EUA, Burford Capital, em seu caso de arbitragem contra a Pratt & Whitney. De acordo com o jornal indiano The Economic Times, a Burford concordou em investir 20 milhões de dólares para cobrir a primeira tranche dos custos legais associados ao processo.
A companhia aérea interrompeu suas operações em maio de 2023, citando problemas recorrentes com os motores da Pratt & Whitney como uma das principais razões. A incapacidade do fabricante de atender ou substituir os motores GTF PW1100 de forma oportuna levou muitas aeronaves ao chão, contribuindo para a chamada crise de fluxo de caixa que a empresa enfrentava.
A combinação desses fatores, juntamente com a falta de financiamento adicional para as operações diárias, culminou no colapso da Go First. Em resposta, a companhia apresentou uma ação contra a Pratt & Whitney no Centro de Arbitragem Internacional de Cingapura, reivindicando cerca de 1,5 bilhão de dólares em compensação.
Embora a arbitragem ainda esteja em estágios iniciais, a situação da Go First se complicou recentemente, quando o comitê de credores da companhia, liderado por um trio de bancos credores, decidiu pela liquidação do que restava da Go First em vez de aceitar ofertas consideradas irrisórias. O comitê está confiante de que o caso de arbitragem será bem-sucedido e poderá proporcionar um retorno melhor do que uma venda da companhia.
“Decidimos nos proteger em relação aos crescentes custos de litígios e, por isso, contratamos a Burford”, afirmou uma fonte próxima ao processo. “Esse é um litígio caro, mas com um resultado favorável, os retornos serão superiores ao que a Go First deve aos bancos. A Burford é uma firma de litígios respeitável. O fato de terem concordado em investir no caso demonstra que ele tem mérito e que as chances de obter compensação são grandes.”