
A compra de um novo avião presidencial a pedido do Governo Lula pode ser embargada pela oposição após a decisão de um juiz. O novo avião seria um pedido do Presidente Lula, que se teria se queixado da falta de modernidade e constante necessidade de escalas em viagens mais longas, do Airbus ACJ319, comprado no seu primeiro mandato em 2005.
Como apurado pelo AEROIN, algumas das opções do governo giram em torno de dois jatos Airbus A330-200 que já estão em configuração VIP e disponíveis para venda.
O Governo, inclusive, teria considerado converter um dos KC-30 que já estão em serviço no Esquadrão Corsário da FAB para o serviço VIP, porém, além do alto gasto, a FAB ficaria sem um vetor importante e que demorou praticamente uma década para chegar, após a aposentadoria do antecessor, o Boeing KC-137 (707) em 2013.
Mesmo se fosse considerada a “opção britânica”, onde a Royal Air Force tem um A330 VIP que também faz reabastecimento em voo, ela tiraria o A330 de serviço por um tempo maior do que ele já ficará em conversão para a versão MRTT (transporte tático e tanque) nos próximos anos, na Airbus, em Getafe (Espanha).
Em todo esse contexto, a oposição conseguiu uma vitória com a decisão do juiz Marllon Sousa, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, que deu um prazo de 5 dias para que o Planalto explique o estudo que foi encomendado pelo Ministério da Defesa para levantamento de custos para compra de um novo jato presidencial.
O argumento dos deputados contra o Governo Lula é que a compra do avião é um gasto desnecessário e que causaria prejuízos ao contribuinte. O pedido foi movido pelos parlamentares Nikolas Ferreira (PL-MG), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), André Fernandes (PL-CE), Maurício Marcon (Podemos-RS), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Evair Vieira (PP-ES), Carlos Jordy (PL-RH) e Marcel Van Hattem (NOVO-RS).
Por outro lado, rumores no meio político apontam que Lula já teria desistido da ideia da compra de um novo avião presidencial após o levantamento entregue pelo Ministério da Defesa, seguido da má repercussão pelo alto gasto e também análise aliados. Até o momento, o Planalto não comentou o assunto.
Após protocolarmos Pedido de informações na Comissão de Fiscalização e, ao mesmo tempo, ajuizarmos uma ação popular na justiça federal contra a possível compra de um novo “aerolula” mais luxuoso, o Governo Federal voltou atrás da iniciativa e suspendeu a ideia da compra de um…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) September 20, 2023
R$400 milhões em um avião em tempos de déficit público? Como se os brasileiros não precisassem de investimentos na saúde, educação e infraestrutura. Ignorar estes investimentos só para o Desgoverno voar em grande estilo?
— Evair de Melo (@EvairdeMelo) September 19, 2023
As prioridades estão confusas pic.twitter.com/6gSgFovcF0