
O proprietário da British Airways, Iberia e várias outras companhias aéreas europeias, incluindo a Aer Lingus e a Vueling, confirmou que está em negociações com dois serviços rivais de internet via satélite para oferecer Wi-Fi rápido e gratuito a bordo.
Annalisa Gigante, diretora de inovação do International Airlines Group (IAG), afirmou à Bloomberg que as discussões com o Starlink, divisão da SpaceX de Elon Musk, estão bem avançadas. O Starlink opera uma constelação de satélites em órbita baixa da Terra, fornecendo cobertura de Wi-Fi quase global.
No entanto, o IAG também está considerando um serviço rival, o Projeto Kuiper da Amazon, que ainda está em desenvolvimento. O grande obstáculo com o serviço da Amazon é que os satélites necessários para a cobertura de Wi-Fi ainda não foram lançados.
“Estamos trabalhando muito, tanto com o Starlink quanto com o Kuiper da Amazon”, afirmou Gigante à Bloomberg. “Temos novidades muito interessantes chegando, mas isso será para o ano que vem.”
Antes considerado um luxo caro e pouco funcional, o Wi-Fi a bordo tornou-se uma exigência para os viajantes modernos. Com isso, as companhias aéreas estão acelerando a atualização de seus sistemas para atender à demanda de ageiros dispostos a pagar por uma experiência .
O Starlink já conquistou vários clientes desde que a Hawaiian Airlines foi a primeira a fechar um acordo em 2022. Desde então, companhias como United Airlines, Air , Qatar Airways e Air New Zealand também aderiram ao serviço.
O ex-CEO do IAG, Willie Walsh, via o Wi-Fi a bordo como uma fonte de receita adicional, similar à forma como os hotéis cobravam pelo o à internet. Contudo, desde a saída de Walsh em setembro de 2020, o IAG ou a ver o Wi-Fi a bordo como uma comodidade gratuita.
A British Airways e a Iberia, por exemplo, oferecem mensagens gratuitas a bordo via aplicativos como Facebook Messenger e WhatsApp. A BA também oferece Wi-Fi ilimitado e gratuito para ageiros da Primeira Classe. Gigante, no entanto, alerta que o anúncio de novos serviços pode demorar mais do que os ageiros esperam, informa o Paddle Your Own Kanoo.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde o Starlink já foi aprovado pela istração Federal de Aviação (FAA) para instalação em aviões comerciais, o IAG precisará obter autorização dos reguladores de aviação do Reino Unido e da Europa.
“Queremos garantir que, quando anunciarmos, poderemos realmente implementar o serviço”, explicou Gigante. O Starlink tem se empenhado para minimizar as preocupações quanto à certificação.
O Projeto Kuiper da Amazon deveria ser lançado no primeiro semestre de 2024, mas os atrasos indicam que o lançamento dos primeiros satélites em massa só deve ocorrer no início de 2025. A Amazon espera colocar até 3.000 satélites em órbita baixa, utilizando foguetes da Blue Origin, de Jeff Bezos, e da SpaceX.
É possível que o IAG esteja adiando o anúncio de um novo fornecedor de Wi-Fi a bordo para aguardar o início das operações do Projeto Kuiper.
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