
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), realizou na última quarta-feira (3/4) o seminário “Mulheres na Aviação: Ações para a Regulação Inclusiva”.
O evento, realizado no auditório da ANAC, em Brasília (DF), reuniu representantes da Agência, professores e pesquisadores da UnB para debater os desafios e propor soluções visando ampliar a participação feminina no setor aéreo brasileiro.
A diretora da ANAC, Mariana Altoé, fez a abertura do seminário e destacou a importância da iniciativa: “Queremos que esse trabalho abra caminho para novos estudos e para a ampliação desse debate, permitindo avanços concretos em prol da equidade na aviação”.
Ao longo do evento, foram realizados debates com foco em temas fundamentais para a inclusão feminina na aviação. Entre os principais momentos, destacam-se:
– Discussão sobre a realidade das mulheres no setor aéreo, com dados sobre a presença feminina na aviação nacional e internacional;
– Discussão sobre regulação inclusiva, com propostas para aprimorar as normas e promover mais oportunidades para as mulheres;
– Apresentação do roteiro da pesquisa, com recomendações e próximos os para transformar o ambiente de trabalho aéreo em um espaço mais diverso e ível.
Pesquisa “Mulheres na Aviação Civil: Estudos para uma Regulação Inclusiva no Setor”
O ponto alto do seminário foi a apresentação dos resultados da pesquisa conduzida pelos professores doutores Inez Lopes, Carla Antloga, Polliana Cândida, Victor Rafael Rezende e Fabio Iglesias, da UnB. Com informações coletadas junto a empresas do setor, o estudo trouxe dados e mapeou as principais barreiras enfrentadas por mulheres para entrar e permanecer na aviação, tais como:
– Estereótipos de gênero: percepção de que funções técnicas e de liderança são predominantemente masculinas;
– Falta de referências femininas no setor: a escassez de exemplos dificulta a inspiração de novas profissionais;
– Desafios na conciliação trabalho-família: demandas profissionais que podem conflitar com responsabilidades familiares afetam a permanência das mulheres na área.
Um dos dados apresentados foi sobre a profissão de piloto, na qual apenas 3,6% dos profissionais são mulheres — revelando um cenário ainda marcado pela desigualdade de gênero.
Programa Asas Para Todos
O seminário é fruto do Acordo de Cooperação Técnica – ACT nº 1/2024 [inserir link do documento], celebrado entre a ANAC e os Ministérios de Portos e Aeroportos (MPor), dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), da Igualdade Racial (MIR), das Mulheres (MMulheres) e do Turismo (MTur), no âmbito do programa Asas Para Todos.
A ANAC reforça seu compromisso com a promoção da diversidade na aviação por meio do programa, que atua em três subprogramas: Inclusão e Diversidade, Formação e Capacitação e Mulheres na Aviação — este último com foco específico em inspirar meninas e mulheres a integrarem o setor. Entre as ações, destacam-se:
– Fomento à capacitação feminina, com incentivo a programas de treinamento e formação técnica, destinando 50% das vagas a mulheres;
– Parcerias com empresas e instituições de ensino, visando ampliar as oportunidades de qualificação e empregabilidade.
Caminhos para o futuro
A ANAC tem avançado em iniciativas como o programa Asas Para Todos e a de acordos internacionais, e segue atuando para promover a equidade de gênero no setor aéreo.
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