
A fusão da Azul com a GOL, não é unanimidade e está sendo vista como algo necessário para o mercado aéreo brasileiro por alguns analistas.
Enquanto o consumidor tem o temor justificado de uma nova alta do preço das agens aéreas, o Planalto tem acenado positivamente à fusão, apesar de fontes no CADE terem informado a jornalistas que é quase impossível a aprovação da junção.
Já para alguns analistas do mercado financeiro, a situação do setor aéreo no Brasil gera o famoso “o fim justifica os meios”.
Em entrevista à Reuters, André Castellini, cofundador do escritório da Bain & Company em São Paulo, uma das mais renomadas consultorias financeiras do mundo, aponta que a junção é um mal necessário.
“O impacto da fusão tem que ser pensado no contexto das alternativas a isso, é um mal necessário, a Azul já está reduzindo a sua malha“, afirma Castellini.
Até o momento, a principal concorrente, a LATAM, não se posicionou sobre o assunto, mas é bastante esperado que ela se oponha de todas as formas à fusão, já que colocaria em risco sua dominância no mercado doméstico e internacional brasileiro.
Por outro lado, a companhia latina pode ter alguns benefícios como concessões regulatórias para a fusão, obtendo mais slots nos disputados e congestionados aeroportos paulistas de Congonhas e Guarulhos. Há muito em jogo e os próximos meses serão decisivos nessa história.