O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) informa que o Rio Grande do Sul deve ganhar, até janeiro de 2026, uma escola para formar operadores de drones agrícolas e profissionais para outras tecnologias de ponta utilizadas nas lavouras.
Este é o foco do Centro de Formação Profissional Rural (CFPR) em Hulha Negra, que teve, na quinta-feira, 27 de fevereiro, o lançamento de suas obras pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Estado (Senar/RS). O Sindag foi representado na solenidade pelo seu diretor operacional, Cláudio Júnior Oliveira Gomes.
A cerimônia foi capitaneada pelo superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli, e teve a participação do presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul, que também apoia o projeto), Gedeão Pereira, e outras autoridades do setor primário.
O CFPR prevê uma estrutura com 11,5 mil metros de salas de aula e outras instalações, funcionando como um campus em uma área de 35,94 hectares junto à BR-293. O investimento no local deve chegar a R$ 60 milhões e a primeira turma deve iniciar as aulas em fevereiro do ano que vem, logo após a conclusão da primeira etapa das obras.
O projeto completo prevê uma ala istrativa e um prédio com 11 salas de aula e quatro laboratórios de informática, além de auditório para 180 pessoas e refeitório com capacidade para 130 pessoas, além de cinco pavilhões destinados a aulas práticas.
O Centro de Formação do Senar em Hulha Negra deverá atender gratuitamente até 400 alunos ao mesmo tempo, chegando a formar até 8 mil alunos por ano. Além de operação com drones, serão oferecidos cursos de máquinas e implementos agrícolas, como tratores, plantadeiras, autopropelidos e colheitadeiras.
A expectativa é ter turmas também de técnicas de irrigação, agricultura de precisão, uso de GPS, operação de empilhadeira, retroescavadeira e outros equipamentos. Tudo isso fornecendo mão-de-obra qualificada principalmente para a metade sul do Estado.
FROTA
Conforme Júnior Oliveira, o Sindag deve apoiar o CFPR ajudando na ponte entre o Senar/RS e as indústrias de drones e de tecnologias embarcadas, também como estratégia para fomentar a modernização das operações em lavouras.
“O Senar/RS leva muito a sério a qualificação dos produtores que utilizam as tecnologias. Por isso é um parceiro importantíssimo tanto para a eficiência quanto para a segurança do trabalho em campo. O que se reflete ainda na boa imagem do setor”, assinala o dirigente.
Enquanto isso, a entidade aeroagrícola espera concluir até o final de março o levantamento da frota de drones agrícolas em operação no País. O estudo está sendo feito por Oliveira, com base nos registros de equipamentos remotos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e junto ao Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Vamos lanças os números tanto de aparelhos quanto de operadores”, adianta.
O diretor do Sindag havia concluído em fevereiro o levantamento da frota de aviões e helicópteros agrícolas, que apontou 2.722 aeronaves em operação, em 24 unidades da Federação – 385 aeronaves no Estado gaúcho, que tem a segunda maior frota de aviões (atrás apenas de Mato Grosso).
Informações do Sindag
