
A paralisação de aproximadamente 20 horas no Aeroporto de Heathrow gerou um prejuízo milionário para a cidade de Londres, segundo estimativas de especialistas.
Após um incêndio em uma subestação que fornecia energia para o maior aeroporto da Europa, todas as operações precisaram ser interrompidas por um período que inicialmente seria de 24 horas, mas acabou reduzido para cerca de 20 horas, após os reparos serem concluídos antes do previsto.
No total, 121 voos foram desviados e centenas de outros cancelados no aeroporto, que recebe, em média, 230 mil ageiros por dia e registra um pouso ou decolagem a cada 45 segundos.
Em um levantamento inicial feito pelo economista Stephen Rooney, da Oxford Economics, a pedido do jornal britânico The Independent, foi calculada uma perda de £4,8 milhões por dia (equivalente a aproximadamente R$ 35 milhões).
A estimativa foi feita com base no número médio de voos diários que chegam ao aeroporto e considerou “a média de gastos diários dos turistas que desembarcam no Reino Unido por Heathrow”, afirmou Rooney.
O economista, no entanto, alerta que esse número é uma estimativa básica e conservadora, pois não inclui a chamada “perda de venda potencial”, que corresponde ao faturamento que deixou de ser realizado devido à paralisação. Também não foram considerados fatores como a perda de arrecadação das taxas aeroportuárias não coletadas, os gastos com seguros acionados e possíveis processos judiciais.
Outro ponto não abordado no levantamento, mas crucial para o setor aéreo, é o custo das companhias aéreas com os voos desviados. Entre os gastos adicionais estão reservas de hotéis em outros países, deslocamento e alimentação em aeroportos distintos para atender ageiros e tripulantes até que pudessem retornar a Heathrow.