A BlackRock, a principal gestora de ativos do mundo, adquiriu destaque nas notícias ao reduzir recentemente sua participação na Azul, uma das principais companhias aéreas do Brasil. Em uma movimentação em nome de seus clientes, a BlackRock vendeu ações, fazendo com que sua participação na companhia caísse para aproximadamente 4,716% das ações preferenciais da Azul.
Essa redução resulta em um total atualizado de 15,836,528 ações preferenciais, incluindo ações diretas e as representadas por Certificados de Depósito Americano (ADRs). Este movimento marca uma mudança significativa para a BlackRock, que ainda detém 590,354 derivativos financeiros relacionados a essas ações. Apesar da diminuição de sua participação, a BlackRock mantém seu interesse puramente como um investimento, sem a intenção de influenciar a estrutura de controle ou gestão da Azul.
Recentemente, as ações da Azul enfrentaram considerável volatilidade, exacerbada pela desvalorização do real brasileiro e preocupações acerca dos níveis de endividamento da companhia.
A situação se agravou após uma reportagem da Bloomberg News, que sugeria que a Azul estava considerando estratégias que variavam desde a emissão de novas ações até a declaração de falência para gerenciar suas obrigações de dívida. Em resposta, a Azul afirmou que a interpretação do relatório estava equivocada. Consequentemente, antes do anúncio, as ações da empresa despencaram mais de 30%.
Apesar das dificuldades, o CEO da Azul, John Rodgerson, tranquilizou os stakeholders na quinta-feira, assegurando que a companhia está financeiramente estável. Ele destacou que a Azul continua a receber novas aeronaves e que não há planos de filing para falência. No entanto, na mesma semana, a S&P rebaixou a classificação global da Azul para “CCC+”, indicando uma incerteza financeira significativa.
