
Os motores Rolls-Royce das aeronaves Boeing 787 Dreamliners estão sendo submetidos a inspeções obrigatórias por ordem da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) devido a preocupações relacionadas a rachaduras nas pás das turbinas e o risco de desligamento dos motores.
Para as companhias aéreas que escolheram equipar suas aeronaves Boeing 787 com os motores Trent 1000 da Rolls-Royce, estas inspeções tornaram-se uma exigência inevitável, segundo informa o aeroTELEGRAPH.
A EASA emitiu uma Diretiva de Aeronavegabilidade (Airworthiness Directive, em inglês) que tornou obrigatória a ordem de inspeção da Rolls-Royce. O foco está nas pás da turbina de baixa pressão, especificamente em pares de pás que foram soldadas.
Segundo a EASA, “houve relatos de rachaduras e desprendimento em algumas poucas partes afetadas durante as inspeções dos motores“. A agência alerta que, se um número significativo de pares de pás for separado, isso poderá alterar as vibrações e levar à liberação de material das pás. Isso, por sua vez, pode causar danos e o desligamento do motor durante o voo.
No entanto, a agência enfatiza que isso só ocorrerá com um maior número de partes danificadas. Se durante a inspeção forem encontradas rachaduras ou desprendimento, mas não mais do que 32 pares de pás, apenas um intervalo de inspeção reduzido será necessário.
Problemas com os Motores Trent
Esta não é a primeira vez que os motores Trent 1000 enfrentam problemas em aeronaves Dreamliner. Em 2016 e 2018, surgiram dificuldades relacionadas a esses motores, e em 2020, os problemas envolveram as pás da turbina.
Compradores e operadores das aeronaves Boeing 787 equipadas com motores Trent 1000 da Rolls-Royce estão agora enfrentando a necessidade de inspeções rigorosas para garantir a segurança de suas frotas. A EASA e as autoridades de aviação em todo o mundo estão monitorando de perto essa situação, visando a manter a integridade das operações da aeronave Dreamliner e a segurança dos ageiros.
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