
Durante décadas, voar foi considerado um símbolo de status, com as companhias aéreas oferecendo serviços excepcionais em seus voos, incluindo menus elaborados por chefs renomados e confortáveis lounges a bordo. No entanto, à medida que a indústria aérea evoluiu, especialmente com o surgimento das companhias aéreas de baixo custo (LCC) e as mudanças nos regulamentos, o foco mudou para a eficiência e a ibilidade.
A introdução de aeronaves de fuselagem larga e novas configurações de cabine causadas pela necessidade de maximizar o desempenho econômico levou as companhias aéreas a adotarem configurações de assentos de alta densidade. Isto se traduz em esforços para otimizar o custo por ageiro e reduzir o Custo por Assento Quilômetro Disponível (CASK).
A revolução das companhias aéreas de baixo custo
As aéreas de baixo custo (na sigla em inglês, LCC) transformaram a forma como as pessoas voam, oferecendo tarifas mais baixas através da segmentação de produtos. Os ageiros podem pagar apenas pelos serviços que desejam, criando um ambiente competitivo que forçou as companhias aéreas tradicionais a se adaptarem.
Muitas destas companhias aéreas estão agora a implementar modelos híbridos que combinam tarifas baixas com serviços opcionais.
Conforme pesquisa do Aviacionline, para maximizar a rentabilidade, as companhias aéreas também reconfiguraram as suas cabines para incluir mais assentos, levando os fabricantes a inovar e a criar modelos que possam acomodar mais ageiros. Isto envolveu a realocação de áreas menos críticas, como assentos da tripulação e cozinhas, e a colaboração com designers de interiores para desenvolver assentos mais finos e leves.
Líderes em alta densidade
Os principais fabricantes de aeronaves Airbus e Boeing responderam a esta demanda introduzindo configurações de aeronaves que permitem maior densidade de assentos:
Modelos da Airbus
A319ceo/neo: 156 assentos (EasyJet, Royal Air Philippines, Volotea, Allegiant Air)
A320ceo/neo: 188 assentos (Cebu Pacific)
A321ceo/neo: 244 assentos (ACF)
A330-200/-300: 370 assentos (I-Fly); 408 assentos (Wamos)
A330-900 (neo): 459 assentos (Cebu Pacific)
A350-900: 432 assentos (Iberojet, World2Fly)
A350-1000: 480 assentos (French Bee)
A380: 618 assentos (Emirates)
Modelos da Boeing
737 NG/MAX: Até 221 assentos (Thai Lion Air, Lion Air)
747: 528 assentos (747-400, Atlas Air); 368 assentos (747-8i, Korean Air)
757: 238 assentos (757-200, Azur Air)
767: 249 assentos (767-200ER, UTair Aviation); 336 assentos (767-300ER, Azur Air)
777: 440 assentos (777-200ER, Ikar); 531 assentos (777-300ER, Azur Air)
787: Até 429 assentos (787-10, All Nippon Airways)
Turboélices e configurações de alta densidade
Até aeronaves turboélice foram adaptadas para maximizar a capacidade. Por exemplo:
ATR 72: ou de 72 para 78 assentos (IndiGo)
De Havilland Q400: Modificado para oferecer até 90 assentos com inclinação de 28 polegadas
A tendência para a densidade máxima da cabine não só redefiniu as expectativas dos ageiros, mas também impulsionou as estratégias de eficiência da indústria aérea. A transformação da experiência de voo levou a uma abordagem mais pragmática, afastando-se do luxo e aproximando-se da funcionalidade e da relação custo-eficácia, ao mesmo tempo que se adapta a um mercado em constante evolução.