
A decisão recente da Rússia de estender a vida útil dos aviões Antonov An-26 de 50 para 60 anos pode enfrentar um grande obstáculo. A aeronave soviética, cuja produção ocorreu entre 1969 e 1986, está agora sob vigilância por apresentar risco de corrosão estrutural em sua fuselagem.
De acordo com o portal aeroTELEGRAPH, a agência de aviação civil russa, Rosaviatsiya, emitiu uma diretriz de aeronavegabilidade para o modelo. A medida foi tomada após a detecção de corrosão em duas aeronaves pertencentes à companhia regional Krasavia, com sede em Krasnoyarsk. Os aviões identificados têm os registros RA-26056 e RA-26118.
Segundo o documento, caso os problemas não sejam solucionados, existe o risco de desprendimento de partes da fuselagem durante o voo.
A Rosaviatsiya determinou que, nas próximas manutenções, operadores examinem os fixadores de determinados segmentos estruturais (spanten) quanto à presença de corrosão e fissuras. Para isso, será necessário desmontar assentos, elementos de isolamento e partes do revestimento interno da cabine.
Atualmente, cerca de 40 unidades do An-26 seguem em operação na Rússia, utilizadas tanto para transporte de ageiros quanto em missões de carga. Ao todo, aproximadamente 1.400 exemplares do turboélice foram construídos, sendo uma evolução direta do An-24 e antecessor do An-32.
Se uma operadora identificar os danos especificados, a aeronave deverá ser imediatamente retirada de operação e reportada às autoridades, que definirão os próximos os. A situação evidencia o desafio da aviação regional russa, que lida com a escassez de aeronaves e depende de modelos antigos para manter a conectividade em regiões remotas.
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