
Como uma companhia aérea totalmente focada em conexões internacionais tendo a “pequena” cidade-estado como base, somado a uma frota composta apenas por aeronaves de grande porte, a Singapore Airlines está sofrendo duplamente com a crise. Para piorar, as fronteiras de Cingapura ainda estão “mais fechadas do que abertas” e o número de ageiros chegou a cair 99,5%.
Na semana que ou, os executivos comunicaram ao mercado que se deram um período de 3 meses para avaliar a jovem frota de 220 aeronaves do grupo inteiro, incluindo as subsidiárias Silk Air e Scoot, embora os dois primeiros sejam fundidos ainda este ano. O plano inicial é de que a Singapore e a Silk Air se tornem uma única empresa e o destino da low-cost Scoot ainda é uma incógnita.
Com uma perspectiva bastante pessimista para a recuperação da demanda e do tráfego aéreo, a empresa está avaliando que ações podem ser adotadas para reduzir ainda mais os custos, depois de reportar perdas de 730 milhões de dólares. A empresa, no entanto, está capitalizada, tendo em sua posse $16,8 bilhões em ações e $8,9 bilhões em dinheiro e linhas de crédito, com liquidez de curto prazo.
A380 na mira
A empresa também rompeu o silêncio com relação aos seus A380. Segundo o release a investidores dessa semana, um dos alvos da alta istração é o A380. Uma grande parte desses aviões está no deserto de Alice Springs, na Austrália, como falamos recentemente, e alguns poucos restantes em Cingapura. A aérea estima que a remoção dessas aeronaves economizaria US$ 1 bilhão em custos e que, por um prazo ainda incerto, não espera vê-los cheios de ageiros ou carga.
A Singapore Airlines tem hoje uma frota de 19 Airbus A380 e foi a primeira empresa aérea do mundo a aposentar um deles, quando a aeronave acabou sendo reada à portuguesa Hi Fly. No entanto, o novo plano já prevê a retirada de, pelo menos, 8 unidades, ainda que elas tenham menos de dez anos de uso. Enquanto isso, outras 11 permaneceriam na frota, embora com status de armazenadas por algum tempo.